O jovem Torless - Robert Musil
O jovem Torless vai para longe dos pais, para um internato, onde os seus melhores momentos são a escrita diária de cartas à mãe, com saudades.
Torna-se o melhor amigo de um príncipe meio efeminado, rejeitado por todos.
Rompem, por Torless ter zombado de forma racional contra a religiosidade do príncipe. Este abandona o internato. T faz amizades: Beineberg, Reiting, Moté e Hofmeier.
T aprecia criticamente o corpo e as mãos de Beineberg e no final sente repulsa.
T seria forçado a perceber muitas vezes factos, pessoas e até a si mesmo, como se neles houvesse simultaneamente um enigma insolúvel é uma inexplicável coerência. Mais tarde esse estranho paradoxo ocuparia uma longa fase da sua evolução espiritual (p28).
Ao domingo à noite, vão visitar Bozena, a prostituta aldeã: T oscila entre a satisfação do desejo e a repulsa pelo ato.
No regresso ao internato, Reiting diz a T e a B que apanhou o ladrão de armários. A seguir vão os três a um esconderijo por acima e por trás do palco. Reiting é impiedoso e venceu B várias vezes.
O ladrão é Basini. T quer que seja expulso, mas B e R preferem mantê-lo como lacaio e vigiá-lo. Basini vai ter um papel preponderante na vida de T.
B descobre que R pagou a dívida de Basini e que andam os dois envolvidos sexualmente. B conversa com T sobre o q fazer. B quer torturar Basini.
T R e B batem em Basini, uma noite, no sótão, e obrigam-no a dizer que é um ladrão.
T vai visitar o professor de matemática: a constatação da aprendizagem fá-lo sentir como a mulher que pela primeira vez sente os movimentos do filho na barriga (p88).
T fica sozinho no internato no fim de semana com Basini, descobre que ele “serve” R e B. Basini vai ter com T à cama e este “serve-se” também dele, apesar de afirmar não ser ele, T, que o faz, mas um outro e pensa que na manhã seguinte voltará a ser T.
O seu único interesse verdadeiro é a evolução espiritual da alma, ou como quer que a chamemos, algo que de vez em quando se põe a crescer dentro de nós, a partir de um pensamento contido nas frases de um livro, ou que brota dos lábios cerrados de uma fotografia; essa coisa acorda uma ou outra vez, quando passa por nós uma rara melodia solitária e - distanciando-se - puxa com estranhos movimentos o fino fio rubro do nosso sangue, arrastando-o atrás de si. (P125)
No futuro, T jamais veio a arrepender-se do que acontecera.
R e B quiseram hipnotizar Basini e violentaram-no. T rebelou-se contra a perversidade deles e eles ameaçam-no por saberem o que se passou entre ele e Basini…
Exigem que ele vá com eles violentar Basini:
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