1998, Coleman Silk, de 71 anos, tem um caso com Faunia Farley, uma empregada de limpeza da Universidade.
Estamos no ano do escândalo Clinton. Coleman é viúvo e tem 4 filhos. Fora acusado de racismo por duas alunas.
Era professor de latim e grego.
Sabem como começou a literatura europeia?”, perguntava, após ter feito a chamada na primeira aula. “com uma discussão. Toda a literatura europeia nasce de uma briga.” Depois pegava no seu exemplar da Ilíada e lia aos alunos os versos da introdução: “Divina musa, canta a cólera desastrosa de Aquiles... começa com o motivo do conflito entre os dois, Agamémnon, rei dos homens, e o grande Aquiles.’ E porque discutem esses dois grandes espíritos violentos e poderosos? Por um motivo tão simples quanto qualquer rixa de taberna. Discutem por causa de uma mulher. Uma menina, na verdade. Uma rapariga roubada ao pai. Raptada numa guerra. Ora Agamémnon gosta muito mais dessa menina do que de sua esposa, Clitemenestra. ‘Clitemenestra não vale tanto como ela’, diz ele, ‘nem de rosto nem de corpo.’
[Criseida, raptada por Agamémnon, a Crises, e Briseida, exigida por aquele a Aquiles como condição para devolver Criseida]
Coleman, depois de a esposa, Íris, morrer, contrata o narrador, um escritor profissional, para contar a sua história e a acusação injusta que terá levado à morte dela.
Coleman, em 1954, com 22 anos, namorou com Steena, uma jovem de origem nórdica.Agora, toma viagra para estar com a analfabeta Faunia, de 34 anos.
Nathan, de 65 anos, o narrador agora amigo de Coleman, teve cancro de próstata e é impotente e incontinente.
Coleman recebe uma carta anónima, talvez de Delphine Roux, professora na universidade, a ameaçá-lo por ele andar a explorar sexualmente uma empregada analfabeta com metade da sua idade.
Nathan sente-se mal por não ter a vida sexual que Coleman tem.
Faunia trabalha numa ordenha. Ela e Coleman estarão mortos daqui a 4 meses.
Faunia trabalha numa ordenha. Ela e Coleman estarão mortos daqui a 4 meses.
Começam os problemas com Les Farley, o ex-marido de Faunia, pai dos 2 filhos que morreram asfixiados com o fogo iniciado por um aquecedor.
Os 4 filhos de Coleman: 2 são professores universitários, casados e pais, na costa ocidental. Lisa e Mark, os outros dois, são gémeos. Lisa é professora frustrada de Recuperação de Leitura para miúdos com graves problemas de aprendizagem. Mark odeia o pai e acha que a mãe, Íris, morreu porque ele não pediu desculpa por ter chamado “Spooks” às duas estudantes negras. Lisa é a preferida de Coleman, mas parece que alguém a virou contra ele…
Apresentação de Les Farley: regressou do Vietname traumatizado e acusa Faunia de ser a responsável pela morte dos dois filhos.
Ataca Coleman e Faunia: é internado, mas irá retaliar.
Coleman recusa os conselhos do seu advogado, Nelson Primus: este acha que ele deve terminar a relação com Faunia. Coleman diz ao advogado que nunca mais quer ver a sua “cara de lírio branco” à frente.
A juventude de Coleman: a experiência de pugilista. A pretensão de ser branco, porque parece branco, apesar de ser negro.
O caso de 2 anos com Steena, na universidade em NY. Em 1950, Coleman apresenta-a à família e Steena nunca mais lhe falou, quando percebeu que ele tinha genes de negro. Quatro anos depois encontrou-a no metro, já casado com Íris e prestes a ser pai.
Coleman e Íris: ela, sendo judia, não se assumia como tal; ele disse-lhe que era judeu, quando se conheceram.
Antes de Íris, teve um caso com a bem-disposta negra Ellie, com quem nada fingia.
Coleman ter-se-á casado com Íris por ela ter castelos frisados e encaracolados o que poderia futuramente justificar o facto de os filhos nascerem com o cabelo encarapinhado. Para, de vez, se libertar da “negritude” disse a Íris que toda a sua família tinha morrido. E a mãe lamenta-se por nunca ir conhecer os seus netos. Walt e Ernestine eram irmãos de Coleman. Walt disse a Coleman para ele nunca mais a sua “cara de lírio branco” à mãe. Estavam em 1953.
Delphine Roux, quando se candidatou a professora da universidade, entrevistada por Coleman, começou a achar que ele tinha uma obsessão por ela. Tantos anos depois, parece ser ela a obcecada que acha que ele é um misógino e que a analfabeta com quem ele se relaciona tem de ser libertada do seu domínio machista: ela envia a carta anónima.
A última vez que o narrador, Nathan Zukermann, viu Coleman, este estava com Faunia, num concerto de música clássica ao ar livre. Falaram brevemente e Coleman despachou-o.
Faunia dorme até de manhã com Coleman e arrepende-se: habitualmente vai para casa dela a meio da noite.
Les, depois de ir vê a exposição do Grande Muro itinerante (dos nomes dos mortos no Vietname), provoca o acidente (vai de frente, com os máximos acesos, de noite contra o carro deles e eles caem no rio) que matou Faunia e Coleman, e vai para casa, ileso e sem se saber o que ele tinha feito.
Delphine Roux escreve uma mensagem para conhecer um homem (com as exatas características de Coleman) e engana-se: envia-a para todos os colegas de trabalho, no mesmo dia em que Coleman é encontrado morto.
Funerais de Faunia e Coleman. Nathan, o narrador, encontra Ernestine, irmã de Coleman e é ela que lhe conta o passado todo. Convida-o para almoçar em casa da antiga família que resta de Coleman. Nathan Zuckerman aceita e quando vai para lá encontra Les a pescar num lago gelado.
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