terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Sem medida - Vânia Tavares


A solidariedade com quem sofre pela ausência dos que ama, o medo sentido ao observarmos a fascinação e a ingenuidade de quem não desconfia que os predadores humanos se disfarçam muitas vezes de bons samaritanos, o suspense por querermos saber se os inocentes se salvam, a irritação provocada pela baixa autoestima de muitos adolescentes ou pela inércia de quem se subjuga, por amor, à violência e à humilhação. 

Haverá saída feliz desta teia simultaneamente terna e venenosa que atrai as 🪰 🪰 🪰 e em que as 🕷️ 🕷️ 🕷️ se escondem?


Sabrina e o pai, Guilherme.

Sabrina e a mãe ausente?

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Jacinta a aparentemente boa exagerada samaritana. Aborda Guilherme e Sabrina e ele fica encantado.

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Guilherme e Sabrina vão jantar a casa de Jacinta, o marido Jacob e o filho, Júlio. Sabrina oscila entre a apatia e a sobre-excitação. Em casa agride-se e gosta. Sabrina passa a ir 2 vezes por semana a casa de Jacinta. E depois todos os dias e as férias. Guilherme está absolutamente convencido de que a filha está em boas mãos. Jacinta até a vai buscar à escola. Há outras crianças de vez em quando na casa de Jacinta. Sabrina tem 12 anos já. A mãe só vem 4 vezes por ano, no início das estações.

Benedita e Soraia, colegas de turma: Benedita convida Soraia a ir lá a casa. Diz que lhe vai confessar uma coisa. Que convida encontros com pessoas da turma à sexta para que a mãe dela não esteja em casa, porque receia que os colegas vão lá para admirar a beleza da mãe. Soraia diz-lhe que os pais dela não são boas pessoas e que ela pode contar com a sua mãe.

Débora envolve-se com um fotógrafo que admira e vai para casa dele. Ele diz-lhe que detesta candidatas a fotógrafas sem talento, que tira, fotos a grávidas e a casais que fingem ser felizes e com a mania de mudar constantemente de cor de cabelo (como ela).

Pp41a42 o melhor texto: Benedita confessa-se prostituta de palavras: faz tudo por um bom elogio. Já não distingue prazer de abuso.

Hugo, o fotógrafo com quem ela já vive, deixa Débora sozinha durante 3 horas. Regressa 3 horas depois. Ainda ninguém jantou.

Soraia rega as plantas com sangue menstrual diluído em água. Ela e a mãe têm no frigorífico os calendários menstruais. Assinalam com batom ou uma fita vermelha os dias em que estão menstruadas.

P51 Benedita reflexões (gostei)

Algo se passa com Débora!

Soraia e as paredes cor de rosa. 

Débora recusa 3 trabalhos fotográficos.

Benedita e as vontades opostas.

Onde está a máquina fotográfica de Débora?

Quando o primeiro e o segundo dia da menstruação da Soraia calhavam em dias da semana, ela faltava à escola. Era como se esses dois dias fossem duas noites.

Débora fascinada com a sabedoria de Hugo!

Estar com Soraia motiva Benedita.

Uma amiga de Débora parece insinuar que ela se subjuga à vontade de Hugo, com quem vive.

Débora parece ter uma péssima autoestima junto de Hugo. Ama-o mas afirma ter medo dele e da sua supremacia. Enquanto ele não chega, ela sente-se mal. Quando ele chega, ela sente-se mal. Ele maltrata-a e parece querer confundi-la. Há alguns momentos que a satisfazem, mas na maior parte do tempo ela é submissa a um homem violento psicologicamente.

Hoje atreveu-se a sair de casa. As vizinhas parecem saber o que se passa com ela e Hugo.

O Hugo era certinho: uma semana de paraíso, duas de inferno.

Finalmente, Débora deixa Hugo e refugia-se em casa da Soraia.

A narradora final, Letícia, diz que é a mistura de Sabrina, Benedita e Débora.

As histórias entrelaçam-se. A história deste livro é como aquele exercício de fazer um desenho sem levantar o lápis.





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