Holanda, para onde a família fugiu da Alemanha, em 1933.
1942, junho: Anne faz anos, convive com as amigas Lies Goose, Sanne Hortman e Jopie Van der Hall. Gosta de Peter Wessel.
Os judeus só podem sair das 15h às 18h e têm muitas limitações sociais: não podem andar de carro elétrico, só podem frequentar estabelecimentos de judeus.
O professor Kepler acha Anne muito tagarela.
O jovem Harry Goldberg de 16 anos ofereceu-se para acompanhar Anne de bicicleta até à escola.
Harry declarou-se a Anne. A família dela acha-o simpático. Ele andava com a Fanny mas achava-a enfadonha.
9 de julho: Chegou uma convocatória das SS para Margot, a irmã de Anne, com 16 anos, se apresentar. Assim a família teve de sair da casa e fugir para “mergulhar”, 9 dias antes do previsto.
O ANEXO
Refugiaram-se no terceiro andar por cima da casa comercial ou armazém onde o pai trabalhava, em Prinsengracht. Tinham levado para lá as suas posses.
Ao lado da entrada do armazém há uma porta que tem a seguir umas escadas que levam ao escritório onde trabalham a Miep, a Elli (a dactilógrafa) e o Sr Koophuis. Aí há uma passagem para as traseiras onde fica o escritório do Kraler e do Sr. Van Daan. Todos eram empregados do pai de Anne e iam protegê-los no esconderijo, usando os talões de racionamento para lhes comprar e trazer comida e bens de primeira necessidade.
Depois há uma série de passagens que levam a um anexo com as divisões onde os Frank vão “mergulhar”. Mais acima chega-se a um espaço também com cozinha sala, quartos e WC que vai esconder os Van Daan. O Peter dorme num quartinho que serve de passagem para o sótão.
Os quartinhos, a cozinha e os WC estavam cheios de móveis e roupas. A família Van Daan “mergulhou” com eles. O filho, Peter, de 16 anos, era muito aborrecido e preguiçoso. A Sra. Van Dann era forreta: tentava que usassem as coisas dos Frank e guardava as dela para as poupar (lençóis, toalhas,…).
A Sra. Van Dann e a família dormem em cima. Ela critica muito a Anne e a educação que os pais lhe dão. A Anne já não a suporta.
Passam os dias com medo de ser descobertos.
Anne lamenta o desprezo e o desagrado com que a mãe a trata e o facto de Margot ser melhor tratada do que ela. Confessa também o seu amor pelo pai. Gostaria de ter mais sucesso nas relações familiares. Mas esforça-se sempre.
Na rádio anunciam que a Argélia, Casablanca e outras cidades e países do Norte de África foram recuperadas pelos ingleses. Também Estalinegrado resiste. A esperança de que seja o princípio do fim. Otimista, Anne conta depois como recolheram os alimentos para o inverno: legumes secos e feijão em sacos.
Um novo “mergulhador”: o dentista Albert Dussel. Ele acha o esconderijo muito bem organizado, até tem regulamentos.
Dussel conta a Anne os acontecimentos recentes, as perseguições dos alemães aos judeus, às amigas e a famílias inteiras que são capturadas. Algumas escapam graças aos resgates que pagam.
Anne sofre pelos outros mas também porque se sente só.
Além disso, toda a gente ralha com ela, incluindo o Dussel, que dorme no quarto dela.
Festejam o Chanuca e o S Nicolau e trocam prendas (na Holanda festejam mais o S Nicolau do que o Natal.
O Sr Van Daan faz salsichas e o Dussel trata na primeira consulta dos dentes da Sra Van Daan.
Anna lamenta a fome, o frio e as privações que passam os judeus que não estão escondidos: muitos perdem as famílias, as crianças pedem pão nas ruas, as casas são geladas e as ruas húmidas e ventosas. A Holanda é sobrevoada por aviões aliados que levam bombas para largar sobre a Alemanha. Os cristãos holandeses também sofrem: os jovens têm de ir lutar pelos alemães. Anne pensa na sorte que tem por estar escondida e em segurança.
Anne lamenta a forma como a mãe e todos a tratam no esconderijo: sente-se desprezada e muito injustiçada.
Conta as piadas que a Sra Van Dann diz e alguns outros episódios cómicos, como o do Peter e o “pivete”.
A casa foi vendida: os novos proprietários vieram vê-la, mas o Sr Koophuis não abriu a porta que dá para os aposentos onde Anne e os outros estão escondidos. Anne tem fé de que os ingleses (Churchill) invada a Holanda para a libertar dos alemães.
Curto-circuito, ruído dos canhões de defesa e dos avião e das bombas que vêm libertar os holandeses dos alemães. Episódio das ratazanas: uma mordeu Peter num braço.
Pareceu que entraram ladrões no armazém e que a porta estaria aberta. Tremem todos de medo e dormem muito mal.
Rauters, um dos alemães mais influentes na Holanda, discursa e afirma que os judeus têm de desaparecer até 1 de julho dos países germânicos.
Anne diz à mãe que não quer rezar com ela e a mãe chora. A verdade é que Anne já não consegue gostar dele. O pai recrimina Anne com o olhar.
As bombas caem. Os aviões ingleses atacam e destroem casas e ruas.
As duas famílias cada vez passam mais provações: roupas gastas e curtas, tudo velho e roto, até o pincel da barba do pai de Anne. Anne lavou o cabelo à mãe com sabão amarelo e pegajoso…
Passou um ano: Anne faz anos: 13 de junho de 1943.
Coloca-se a hipótese de Anne sair para ir ao médico da vista… ela fica com medo e depois entusiasmo. Mas não acredita que saia.
Aos sábados, a Miep chega com os livros da biblioteca. Quem está em liberdade não imagina a importância dos livros para quem está preso.
Pedi ao Sr Dussel que me cedesse a mesa do quarto duas tardes por semana e ele, muito contrariado, acabou por ceder.
Desta vez os ladrões vieram mesmo ao armazém e roubaram dinheiro e senhas de 150 kg de açúcar.
19 de julho de 1943. O norte de Amesterdão foi bombardeado. Morreu muita gente.
Todos contam o que gostariam de fazer no primeiro dia de liberdade: Margot era um banho quente de banheira e Anne ir à escola.
26 de julho: os aviões ingleses lançam bombas sobre o Porto de Amesterdão. A Itália de Mussolini foi derrotada. O rei de Itália expulsou os alemães.
Anne enraivece-se contra o Dussel e a Sra. Van Daan. Ele aconselhou-lhe um livro para adultos e enfureceu-se por ela não ter gostado. A Sra. Van Daan é uma manienta cheia de defeitos.
3 de agosto: na Itália proibiram o Partido Fascista. As pulgas atacam.
Os jantares: o Sr Van Daan serve-se sempre primeiro e impinge as suas opiniões sem admitir outras; a Sra Van Daan fica com os melhores bocados e nunca se cala.
Anne conversa no seu cérebro consigo própria para não ter de aturar a conversa dos outros.
Cortam batatas. A Sra. Van Daan discute com o marido.
A Itália rendeu-se aos ingleses. O Sr. Koophuis vai ser operado ao estômago.
16 de setembro de 1943. Um tal M. empregado de armazém desconfiou que algo se passa no anexo. A Elli conseguiu iludi-lo e ele foi-se embora.
29 de setembro. A Sra. Van Daan faz anos.
17 de outubro. Os Van Daan estão sem dinheiro e tentam vender roupas e coisas.
Anne tem momentos de angústia: quer sair dali… sente-se como um pássaro a quem cortaram as asas.
A Elli apanhou difteria e durante 6 meses vai haver dificuldade de receberem comida. O Sr. Koophuis também continua de cama.
Anne sente remorsos por estar viva e a amiga Lies poder estar morta.
Anne teve gripe, mas já está bem.
Dia de Natal de 1943. Anne teve um bolo a dizer “Paz 1943”.
A relação não amor incondicional entre Anne e a mãe.
A raiva por a mãe e a irmã se rirem dela quando ela chora.
A puberdade e o desejo de Anne ter uma amiga.
A Anne diz que não está apaixonada pelo Peter Wessel, mas sonha com ele.
A Elli voltou a trazer os víveres.
Anne fala com Peter Van Daan sobre o sexo do gato Boschi.
Anne inventa os seus próprios penteados.
1944, janeiro - Já não há novidades entre os 8 “mergulhados”: todos conhecem as histórias de todos.
1944, fevereiro - esperam pela invasão dos ingleses para se libertarem. Os alemães dizem que se os ingleses atacarem, inundam a Holanda.
Anne tem saudades de ser livre.
Anne sente que o Peter olha para ela de uma maneira especial.
Conversa com ele e começa a sentir que ele é como se fosse seu BFF.
Ela entusiasma-se com o olhar dele para ela.
O Peter tem um complexo de inferioridade.
A mãe de Anne não gosta que ela passe tanto tempo com o Peter.
Do sótão, com Peter, Anne sente a beleza do céu e da vista sobre Amesterdão e agradece o facto de estar viva. Ele racha lenha enquanto ela pensa nisto.
Anne sente-se a apaixonar pelo Peter, que lhe parece a soma do Peter Van Adan com o Peter Wessel, por quem steve apaixonada antes de “mergulhar”.
O armazém (Kolen & Co.) foi assaltado.
Anne acha que os adultos não compreendem os jovens.
19 de março de 1944: o dia mais feliz com Peter: ele diz que Anne o está constantemente a ajudar com a sua alegria.
Anne descobre que Margot também gosta do Peter. A irmã explica-lhe que se sente triste é por não ter encontrado ninguém com quem tenha a intimidade que Anne e Peter têm.
Discute-se por causa da política. O Sr. Van Daan tem muita confiança nos ingleses e em Winston Churchill.
A situação na Holanda começa a degradar-se… as famílias não têm comida nem carvão e o inverno em rigoroso.
A vontade do primeiro beijo de Peter.
A comida é muito repetitiva e agora tem por base legumes secos, batatas e feijão. Um pouco de fois gras ou de compota é um luxo.
Anne quer ser jornalista e escreve contos (O sonho de Eva).
Gosta da genealogia das casas reais e de História e de mitologia grega e romana. Não gosta de matemática.
Ladrões assaltam o armazém. Os homens vão ver e quase são apanhados pela polícia que entretanto tinha chegado. O medo de serem descobertos e entregues à Gestapo é imenso. Mas tudo correu bem.
16 de abril: abraços com Peter e o primeiro beijo.
…
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