O narrador assiste à morte de Marta Téllez, mulher casada, com um filho de 2 anos, cujo marido está em Londres, em viagem. Mal a conhece, encontrou-se 3 ou 4 vezes com ela e com o marido.
Está na cama dela e ela sente-se mal. Trata-se de um encontro não muito desejado, que aconteceu e não foi rejeitado.
Marta morre na cama, de costas para ele.
Um homem, talvez um amante de Marta, telefona e deixa uma mensagem no gravador de chamadas, ressentido por ela não lhe ter dito que estava sem o marido.
Ele sai e deixa Marta morta, com a luz acesa, e o filho a dormir no quarto ao lado. Leva a cassete do gravador de chamadas.
Durante dois dias e duas noites procura nos jornais e a vigiar à porta do prédio e a observar do exterior a luz que continua acesa. Finalmente surge o anúncio do óbito.
Vai ao funeral. Lá estão os familiares dela: Eduardo Déan, o marido, Juan Téllez Orati, o Excelentíssimo pai, Luísa e Guilherme, os irmãos, María Fernandez Vera, a cunhada. E estava lá também uma vizinha de Marta, que já o tinha visto duas vezes, a primeira quando ela discutia ou beijava um homem de madrugada. Ela cumprimentou-o simpaticamente.
No funeral, ouve um casal, Inés e Vicente, a conversar: “Soube-se alguma coisa do tipo?”. Pela conversa percebe que Vicente era o “amante” de Marta.
Um mês depois, um amigo, Ruibérriz de Torres, a quem pediu informações sobre a família Téllez, contrata-o para ser um “negro” (escritor fantasma) e escrever os discursos do “Único”, que não andava nada satisfeito com os últimos discursos que tinha pronunciado. Torres tinha sido contratado, mas como o “Único” o queria conhecer pessoalmente e ele não era uma pessoa apresentável, o narrador acaba por ser o “negro” do “negro”, ganhando 75% para escrever os discursos e fingir que é Torres. O intermediário entre Torres e o “Único” é Juan Téllez.
Encontro de Téllez e o narrador com o “Único” na Academia de Belas Artes. São recebidos pelo ancião Segarra. O “Único” estava a fletcherizar os cereais. Recebe-os depois, acompanhado por uma secretária nova. Téllez parece demasiado solícito. O “Único” pensa que o narrador é Torres.
O “Único” quer discursos que o humanizem, para não ser apenas lembrado pela obra, mas pela maneira de pensar.
Passa depois os dias em casa de Téllez. Um dia este convida-o para almoçar com Luisa e Déan. Conversam sobre Marta sem saberem que o narrador a conheceu e a viu morrer. Conheceram-se num cocktail uns dias antes.
Conversam sobre a tutela do miúdo: fica com Elisa porque Déan está sempre a viajar?
Téllez critica Déan por ter deixado Marta morrer sozinha.
Quando o narrador saiu de casa de Marta, trouxe o papel com o número de telefone do hotel de Londres e Téllez acusa Déan de não ter deixado o seu contacto nem a Marta nem a ninguém.
O narrador conta que foi casado 3 anos com uma tal Célia e divorciou-se há 3 anos. Era mais velho que ela 11 anos. Alguns amigos disseram-lhe, 6 meses depois, lhe que se tornou prostituta. Ele descobriu uma prostituta muito parecida que não admite ser Célia, mas sim Victoria.
Segue Luisa e relembra Victoria ou Célia! Relembra um filme que viu uma vez, em que um um rei cavaleiro numa armadura ouvia fantasmas, dos soldados e da esposa que por ele tinham morrido e sofrido, a gritar “Amanhã na batalha pensa em mim e tombe a tua espada sem fio: desespera e morre.”
Depois de ter estado com a prostituta Victoria, telefona às 3 da manhã a Célia e ele diz-lhe que não quer falar com ele. Ele vai a casa dela e entra com as antigas chaves e vê-a dormir com um vulto na obscuridade. De repente, um trovão e um relâmpago: eles acordam e ele foge sem confirmar que Victoria não é Célia.
Novamente segue Luisa. Até à Castellana: quando ela sai com Eugénio, o filho de Marta, este olha para ele e exclama “Ictor” e Luisa percebe tudo o que aconteceu e pergunta-lhe como foi capaz de deixar o miúdo sozinho, com a mãe morta!
O narrador chama-se Victor Francés Sanz.
Quem encontrou Marta morta e o menino a ver TV junto dela foi a mulher-a-dias, na manhã seguinte. Victor não perguntou a Luisa de que morreu Marta (p. 251).
Marta tinha deixado no gravador de mensagens de Luisa o seguinte: vou encontrar-me com um tipo que conheci num cocktail e que me atrai; Eduardo está em Londres, não estou certa do que se vai passar e estou nervosa.
Luisa diz a Victor que terá de contar sobre ele a Déan. Este quer dizer algo sobre Marta ao homem que esteve com ela pela última vez.
O mundo depende dos seus relatores. Victor acaba o discurso em casa de Téllez.
Victor e Ruibérriz vão às corridas do hipódromo: conta-lhe a noite da morte de Marta. Surgem Anita, a secretária do “Único” e uma amiga, Lili. Anita informa Victor que o “Único” não usará o discurso que ele escreveu, mas que lhe pagará na mesma.
Anita pensa que Victor é Ruibérriz? Apostam. Ela, na quarta corrida, aposta fortemente em nome de alguém! Haverá tramóia? Elas ganham e vão embora. Eles ganham também, menos, claro, porque apostaram no mesmo cavalo que elas.
Luisa contou a Déan sobre Victor e disse a este que não tinha dito nada sobre Vicente. Aconselhou Victor a não dizer nada também quando Déan lhe ligar, por “serem surpresas a mais.”
Célia vai casar de novo.
Déan telefona a Victor e exige-lhe que falem, às onze da noite do dia seguinte em casa de Déan. Então, recrimina Victor por não o ter informado e conta-lhe que estava em Londres com uma jovem amante, enfermeira num hospital ali ao lado. Ela engravidara e iria abortar em Londres.
Victor repete (p. 303) o pensamento sobre o Bombay Brasserie (p. 31).
O que se passará no final do livro?
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