sábado, 3 de outubro de 2020

El Mal de Montano - Enrique Vila-Matas


 “Decía Walter Benjamin que en nuestro tiempo la única obra dotada de sentido - de sentido crítico también - debería ser un collage de citas, fragmentos, ecos de outras obras.” (p. 124)

O narrador é um escritor e crítico literário que visita Montano, seu filho, em Nantes, em 15/11/2000. Montano é também um escritor, que ficou bloqueado, paralisado, «ágrafo trágico», convencido de que nunca mais conseguirá escrever. Vive com Alline.

A conselho de Montano, o narrador tinha lido «Prosa de la frontera propia», novela de Julio Arward, que ele considera ser um duplo de Justo Navarro. O protagonista é Cosme Badía.

Montano pensa que a memória de Júlio Arward se infiltrou nele e que, através dela tem também acesso à memória de Justo Navarro; esta confusão de duplos impede-o de ser original, daí a paralisia literária.

Montano considera que Justo Navarro já foi um duplo do narrador, o seu próprio pai.


O narrador sofre do mal oposto: não consegue desligar-se da literatura e da sua mania de contextualizar a vida literariamente. Vive em Barcelona, casado com Rosa. Visitar o filho acabou por se revelar pior.


Montano deixou de conseguir escrever depois de publicar um livro sobre escritores que deixaram de escrever, como, por exemplo, Jacques Vaché.


Montano é filho da primeira esposa do narrador, María, já falecida.

Rosa critica o narrador por causa da sua obsessão.

Entretanto, o narrador concentra-se menos em si e mais na responsabilidade de lutar contra a morte da literatura. 

Decide ser a memória do conto de Montano. Quer também concentrar-se no tema do que é a essência da literatura.

Será que a literatura irá acabar um dia?


Na ilha do Pico. Rosa faz um documentário sobre os baleeiros. O narrador e o seu amigo Tongoy passeiam: este tem 74 anos, é muito feio, chama-se verdadeiramente Felipe Kertesz.

Estará Tongoy apaixonado po Rosa?

Vão visitar o Teixeira, antigo literato, atual professor de riso...

Na manhã seguinte Rosa descobre que o narrador continua a investigar o mal de Montano e reage intempestivamente. Fodem e o narrador parece esquecer ou atenuar a sua obsessão pelo mal de Montano.

Rosa despreza os que acham que a literatura está em crise.


2.Diccionario del tímido amor a la vida


O narrador vai a Budapeste. 


Escreveu uma novela, entretanto, «El Mal de Montano», na qual inseriu alguns factos fictícios: por exemplo, Rosa não é realizadora de cinema, mas agente literária; foram ao Pico, mas de férias (para conhecerem o Peter Café Sport, no Faial, descrito no livro; o narrador não é crítico literário, mas sim escritor.


P. 125: Quando escreveu a sua primeira novela, Necrópolis Errante, a sua mãe disse-lhe que se fosse ela dar-lhe-ia o título de Teoría de Budapeste, porque não havia nela nem teorias nem qualquer referência a Budapeste.

Rosario Girondo é o nome da sua mãe, que escreveu um diário lido postumamente pelo narrador, no qual ela revelava a sua vertente poéticas e uma faceta secreta: o ódio pelo marido, pai do narrador.

O narrador assina os seus livros com este “matrónimo”.


Nesta segunda parte, vai comentar os diários de vários autores, incluindo Cesare Pavese e Fernando Pessoa / Bernardo Soares / o Livro do Desassossego.


“Escribir”, dice Lobo Antunes, “es como drogarse, se empieza por puro placer, y acabas organizando tu vida como los drogados, en torno a tu vicio. Y ésa es mi vida. Hasta cuando sufro lo vivo como un desdoblamiento: el hombre está sufriendo, y el escritor está pensando en cómo aprovechar este sufrimiento para su trabajo.”


3. Teoría de Budapeste

Num discurso em Budapeste sobre o diário pessoal como forma narrativa.


“Monsieur Tongoy, con Rosa sin poder oírnos, me dijo que de continuar yo obsesionado con la muerte de la literatura y disfrutando poco del viaje y del paisaje, se vería obligado a advertirle a Rosa que yo confundía lo que escribía con la realidad y que me creía don Quijote en las Azores.”


O narrador considera que a sua mulher Rosa tem um caso com Tongoy.

Detesta as histórias de amor a que os escritores recorrem para agradar aos leitores.

A teoría de Budapeste assenta na ideia de que enquanto discursa, Rosa e Tongoy estão juntos na cama.


Como dice Magris: “Kafka sabía perfectamente que la literatura le alejaba del territorio de la muerte y le permitía comprender la vida, pero dejándole fuera.”.

...y cualquiera que haya leído a Kafka, conoce perfectamente “cuánta angustia excesiva por nada” (que decía Pessoa) hay en la literatura.


4. Diario de um hombre engañado

Tongoy será o próprio narrador?


5. La salvación del espíritu

O narrador vai a um encontro de escritores, no cimo da montanha de Matz, na Suíça.




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