De férias numa casa de campo nos Alpes austríacos, uma mulher depara com uma barreira invisível que a isola do mundo e a leva a crer que é a única sobrevivente de uma catástrofe. Tendo por única companhia os animais e as imponentes montanhas, e à medida que se adapta a um novo modo de vida, desenvolve uma profunda ligação com a natureza, encontrando um propósito: resistir entre a ameaça da loucura e a dureza das tarefas diárias, à mercê dos elementos, e zelar pelo que resta. Escrito em plena Guerra Fria, A Parede (1963) é um clássico ecofeminista redescoberto, uma comovente história de sobrevivência e regresso às origens, movida pela empatia por tudo o que nos rodeia, animal ou vegetal. Este livro de culto, com ecos de Walden e Robinson Crusoe, foi adaptado ao cinema por Julian Pölsler em 2012.
5 de novembro: começa o relato
Vou começar por Hugo Ruttlinger, colecionador, hipocondríaco, rico, dono de uma fábrica de caldeiras e de uma coitada de caça, casado com Luise, sedutora ruiva e caçadora.
30 de abril: os Ruttlinger convidam-na para passar alguns dias no pavilhão de caça: a narradora é viúva e tem 2 filhas criadas.
Foram e os Ruttlinger saíram para ir à aldeia. Não regressaram nesse dia. No dia seguinte, a narrador e um cão, o Lince, descobriram que estavam sozinhos: uma parede invisível impedia-a de sair dal
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